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História

Cavalcante faz parte da história do Estado de Goiás, desde a Capitânia de Goyaz, quando Bartolomeu Bueno da Silva (O Anhanguera) passou por essa região a procura de novas minas de ouro e de índios. Estava com ele seu filho Bartolomeu Bueno da Silva Filho (O Anhanguera Filho) na época com aproximadamente 12 anos.

No entanto, durante essa incursão não chegaram a região da Chapada dos Veadeiros, tomando destino para a região de Meia Ponte (Pirenópolis) e de Vila Boa (Cidade de Goiás) voltando para São Paulo. Porém, era necessário que se obtivessem mais minas de ouro para formar a Capitânia de Goyaz, então, o Anhanguera Filho voltou pelo mesmo trajeto de seu pai, em busca de novas minas.

Chegando na região de cabeceira do rio Tocantins resolveu subir sentido a Chapada dos Veadeiros, onde descobriu uma grande quantidade de minas de ouro, e assim, formou a Capitânia de Goyaz.

A partir daí a região foi alvo de diversos garimpeiros que vinham para explorar o metal precioso e ajudar a Coroa Portuguesa a “interiorizar” a pátria amada Brasil. A primeira incursão no território de Cavalcante ocorreu em 1736, pelo garimpeiro Julião Cavalcante e seus companheiros, vindo em busca de novas minas de ouro.

A notícia da descoberta de imensa mina de ouro de grande profundidade à margem do córrego Lava Pés, na serra da Cavalhada, atraiu numerosos aventureiros dos mais distantes rincões, iniciando-se o povoado com o nome de CAVALCANTE, em homenagem ao fundador e colonizador.

Em 1740, foi fundado oficialmente o arraial de Cavalcante, pelo bandeirante Diogo Teles Cavalcante e Domingos Pires do Prado, em presença do Governador da Capitania de São Paulo, D. Luiz de Mascarenhas. Em 1759, o arraial foi elevado a freguesia, por ordem do Governador da Capitania de Goyaz, D. João Manoel de Melo.

Em 1794, com a decadência do metal precioso no arraial de São Félix, transferiu-se para Cavalcante a casa de Fundição de ouro, extinta em 1806, por tornar-se deficitária. Estima-se que durante a glória das minas de ouro havia na região de Cavalcante aproximadamente 20.000 escravos, população duas vezes maior que a atual somente de escravos.

Com o declínio do ouro o município dedicou-se a outras atividades econômicas, principalmente a agricultura e pecuária. Com a produção de açúcar, carne, farinha de mandioca e posteriormente a farinha de trigo. Durante algum tempo o município foi o maior exportador de farinha de trigo para os EUA na qual lhe rendeu o trigo de melhor qualidade, em função do clima, altitude e solo.

Nessa época o território de Cavalcante abrangia quase todo o nordeste goiano, desde o município de Formosa (antigo Arraial dos Couros) até o município de Arraias no Estado Tocantins.

Igreja Nossa Senhora de Santana – 1983
Banco do Brasil S.A – 1983
Praça Diogo Cavalcante – 1983

Formação Administrativa

Elevado à categoria de vila com a denominação de Cavalcante, pelo decreto de 11-11-1831. Freguesia criada com a denominação de Cavalcante, pela lei provincial nº 14, de 03-07-1835. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Cavalcante, Moinho e Nova Roma.

Nos quadros de Apuração do Recenseamento Geral de 01-IX-1920, o município é constituído de 4 distritos: Cavalcante, Moinho, Nova Roma e São Domingos. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 Distritos: Cavalcante, Lajes, Nova Roma, São Domingos e Veadeiros. Menos o Distrito de Moinho não temos documentos que prove sobre o desaparecimento do distrito. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 557, de 30-03-1938, o Distrito de São Domingos do Café passou a denominar-se Cafelândia.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1233, de 31-10-1938, o Distrito de Lajes foi extinto, sendo seu território a fazer parte do Distrito Sede de Cavalcante. No quadro fixado para vigorar no período de 1949/1953, o município é constituído de 4 Distritos: Cavalcante, Cafelândia, Nova Roma e Veadeiros.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 8305, de 31-12-1943, o Distrito de Cafelândia passou a denominar-se Araí e o Distrito de Nova Roma a denominar-se Guataçaba.

No quadro anexo para vigorar no período de 1944/1948, o município é constituído de 4 Distritos: Cavalcante, Araí, Guataçaba e Veadeiros. Pela Lei Municipal nº 2, de 21-01-1949, o Distrito de Guataçaba voltou a denominar-se Lajes.

Pela Lei Estadual nº 355, de 30-11-1949, o Distrito de Guataçaba voltou a denominar-se Nova Roma. Pela Lei nº 808, de 12-10-1953, desmembra do Município de Cavalcante os Distritos de Veadeiros e Nova Roma para formar o novo Município de Veadeiros.

Pela Lei Municipal nº 6, de 20-08-1955, o Distrito de Lajes passou a denominar-se Colinas. No quadro fixado para vigorar no período de 1954/1958, o município é constituído de 2 Distritos: Cavalcante e Colinas. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela Lei Estadual nº 7042, de 26-06-1968, é criado o Distrito de Teresina de Goiás e incorporado ao Município de Cavalcante. Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 3 Distritos: Cavalcante, Colinas e Teresina de Goiás. Pela Lei Estadual nº 10403, de 30-12-1987, desmembra do Município de Cavalcante o Distrito de colinas do Sul (ex-Colina).

Elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual nº 10449, de 14-01-1988, desmembra de Cavalcante o Distrito de Teresina de Goiás. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de14-V-2001.

Fonte: IBGE

Cavalcante - GO

Fundação: 1831
Aniversário: 11 de janeiro
Gentílico: cavalcantense
População: 9.583 habitantes
Área: 1.000,000 km²